7.1.3 A concordância dos tempos |
Os factos são apresentados na mente de alguém.
Os eventos ocorreram antes de serem representados na mente de alguém.
=> Ele acreditava ( temia, presumia) que tinha sido enganado.
Os eventos ocorreram ao mesmo tempo em que foram representados na mente de alguém.
=> Ele acreditava (temia, presumia) que lhe enganavam.
Os eventos ocorreram depois de terem sido representados na mente de alguém.
=> Ele acreditava (temia, presumia) que seria enganado.
Os factos são contados por alguém.
Os eventos ocorreram antes de serem contados.
=>Ele disse (contou, insistiu) que tinha sido enganado.
Os eventos ocorreram ao mesmo tempo em que foram contados.
=>Ele disse (contou, insistiu) que lhe enganavam.
Os eventos ocorreram depois de serem contados.
=> Ele disse (contou, insistiu) que lhe enganariam.
Até agora, nada muito difícil; é preciso saber, se os fatos aconteceram antes, ao mesmo tempo ou depois de representar-se na mente de alguém ou de ser contado. Contudo, existe uma pequena dificuldade no que diz respeito à transformação de uma frase.
Vejamos este exemplo.
Fui enganado.
Ao colocar esta frase no discurso indireto ou ao descrever a apresentação destes fatos na mente de alguém recebemos.
Ele disse que tinha sido enganado.
Ele pensou que tinha sido enganado.
Vemos que o tempo tem que ser mudado, o pretérito perfeito simples (fui enganado) torna-se um pretérito mais-que-perfeito composto (tinha sido enganado).
No entanto, esta mudança só ocorre se o verbo introdutório estiver num tempo do passado (imperfeito, pretérito perfeito simples, pretérito mais-que-perfeito composto). Neste caso, os eventos imaginados ou contados devem ser descritos no pretérito mais-que-perfeito composto se ocorreram antes de serem contados ou imaginados, em imperfeito, se ocorreram ao mesmo tempo, e em condicional se ocorreram depois. Mas se o verbo introdutório está no presente, não há nenhum cambio.
O verbo introdutório está em um tempo de presente. Nenhum cambio.
Ele diz que foi enganado.
Ele pensa que foi enganado.
O verbo introdutório está em um tempo de passado.
Ele disse que tinha sido enganado.
Ele pensou que tinha sido enganado.
Vamos discutir novamente o discurso indireto no capítulo 18.
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