Da representação de algo na mente do orador (algo que obviamente existe, senão seria impossível representá-lo mentalmente) deve-se distinguir situações em que o sujeito é simplesmente desconhecido ou inexistente. Neste caso, não há representação na mente do orador. Comparemos estas frases.
a) Me deixa doente.
b) Está chovendo.
c) Era simplesmente impossível.
As frases a), c) referem-se a algo presente na mente do orador (algo o deixa doente e algo era impossível), e este algo realmente existe. Em b) temos um sujeito desconhecido, o orador não o imagina de todo, porque é desconhecido.
Em ambos os casos, o sujeito não é mencionado. Se há uma representação na mente do orador (neste caso o sujeito é algo que realmente existe) ou se o sujeito é simplesmente inexistente, em português o sujeito não é mencionado, ou melhor dizendo, não há necessidade de o mencionar. (Naturalmente também se poderia dizer "Isto põe-me doente" e "Isto era simplesmente impossível". Em francês é muito diferente. Quando o sujeito é desconhecido, usa-se il e se o sujeito é algo que é representado na mente do orador, usa-se ce (no caso que o verbo é être) e ça / cela com qualquer outro verbo. A possibilidade de não ter um sujeito não existe de todo em francês.